
"E ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão."
...porque o caos urbano sufoca. Sufoca, como sufoca o gás inalado aos poucos, confundindo lentamente os sentidos até que escape a razão. Resta como saída erguer a cabeça e contemplar uma lua pouco vista, acender um cigarro em noite fria, e fechar os olhos para o fluxo devastador que abre as portas de uma lucidez tendenciosa. Sim, porque a sede é grande - sede de problematizar -, mas até mesmo a sede dos justos pode ser perigosa. O excesso de conhecimento leva ao esquecimento, já mostrou Umberto Eco, através de Yambo. E não esquecer é essencial para a sobrevivência dos animais que caminham sedentos pela selva de concreto.