sábado, 17 de outubro de 2009

{tambourine}


Hey! Mr. Tambourine Man, play a song for me

I'm not sleepy and there is no place I'm going to...

Eu entendo você que abre os olhos diante de um céu fosforescente, entendo quando não consegue voar por entre estrelas de plástico. Eu me lembro bem de uma tarde nublada, da umidade que a relva molhada deixou impressa nas roupas que você vestia; um peso invisível afundava o seu corpo, um peso que ninguém mais seria capaz de reconhecer. Você molhou os lábios e sussurrou algo, as palavras se perderam com o peso que havia ao nosso redor. Mas ainda estávamos lá, envoltos pelos afagos de puro mistério, a dor que dedilha as pequenas feridas e beija com doçura os olhos cerrados. Era um peso que nos prendia na relva, um peso que nos deixava ali, deitados. Era o desespero, e a necessidade. De partir.