
Ode ao cotidiano
((Carol Cunha))
As pessoas se cruzam
No meio da rua
Não se olham , não se ouvem ,
Não se vêem , não se sentem
Caminham em passos largos
Com uma expressão tensa no rosto
Pensando no pão de amanhã ,
Ou nas contas do fim dos dias
São um só no meio de muitos
Perdidos em meio a tantos rostos , tantas vidas
Que raramente se tocam
Que dificilmente se entrelaçam
Todo dia , todo mês , todo ano
Se repete , em erros , acertos , tristezas e alegrias
É difícil enxergar um céu azul
Quando se atravessa ruas que nunca estão vazias
Mas o céu continua lá...
Para quem quiser ( conseguir ou puder ) ver