terça-feira, 27 de outubro de 2009

[in]congruência


Fui procurar em meio à chuva alguma coisa que fizesse sentido, e acabei revisitando o Mark. O Mark é desses que mexe comigo. O Mark sabe da poeira que o tempo nina, mas enxerga o mundo com miopia que varre a poeira dos móveis, atira o pó em dança caótica e diz mil verdades sem fatos. O Mark é como o Kurt, rasga a bandeira branca e empurra o capelo, abrindo bem as mãos - "...os aplausos que aguardem, o objetivo agora é alcançar a serpentina dourada que ilude com gracejo." A estrada segue, eu sei, você sabe (mesmo que não saiba, realmente); é inevitável. Mas um disco na mochila é essencial, só não mais que as páginas em branco. Entende? Não, eu não disse que é fácil. Existe um espaço enorme e miúdo entre letras e ponto. Ponto. Existe um espaço metafísico que ultrapassa o saber; existe algum para o sentir?

Não, não se engane... às vezes palavras são pouco, quase nada. Paradoxo se escreve com x, e nunca foi sua sina fazer parte de uma equação.