sábado, 20 de março de 2010

[ in audível ]


A imagem me veio em sonho: um plano, sem cor, sem som; um plano detalhe, uma palavra pulsante, prestes a estourar. E ela estoura, sem estrondo, sem tremor. Ela estoura calada, a palavra não-palavra. Ela se infiltra, se estreita, refeita. E com jeito mudo ela diz coisas que não entendo, e no entanto absorvo. É assim que eu percebo... que a palavra adentrou os meus sonhos - essa palavra, simples palavra, palavra horrenda. Cujo som é inaudível aos que não moram em mim.