Thiago Pethit é desses caras que me despertam encantamento. Já conhecia o seu EP, e pouco mais tarde conheci o primeiro disco (alguns chamam de EP estendido, não consigo ver dessa forma). Fui caçar no Youtube algumas entrevistas do moço, saciar minha curiosidade de quem tinha sede, bebeu a cerveja e quis mais. Não me decepcionei. Vi um rapaz humilde, consciente de estar incerto em suas certezas. Vi um rapaz que produz com o que tem nas mãos, deixando a megalomania presa em sua gaiola metafórica. Mapa-Múndi foi a primeira música que escutei do disco; portanto, a primeira que me fez um chamego. E justo no dia em que eu escrevia um conto (que não seria conto, mas transmutou-se sem o meu consentimento), sobre alguém que pega a mala e vai embora, sem olhar para trás. Berlim, Texas passou a ser então a trilha da minha história.
Por que estou dizendo isso?
Só pra me lembrar que a estrada segue...
