
"Eu tenho um amigo músico que toca pistão. Ele é ótimo... Ele sempre toca uma música do Chet Baker que adoro. Todas as vezes ele toca a mesma nota, mas cada vez é diferente. Uma noite, quando eu ainda bebia, tomamos uns drinques; tentei dizer a ele como aquela música me fazia sentir... como eu me sentia quando ele tocava. Ele balançava a cabeça e dizia: 'Joan, não pode falar de música. Você está pra música como a dança está pra arquitetura.' Eu disse: Bom, se vai dar uma de filósofo, não devemos falar de muitas coisas. Amor, por exemplo. E meu amigo riu e disse: 'Tem toda razão. O amor está pra nós como a dança está pra arquitetura.' Não sei, talvez ele tenha razão... mas não vai me impedir de tentar."